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Helena Theodoro recebe a Medalha Tiradentes em reconhecimento ao seu combate à intolerância religiosa

Helena Theodoro é pedagoga, Mestre em Educação, doutora em Filosofia e pós-doutora em História comparada, é referência na pesquisa de temas como cultura negra, carnaval, samba, arte, religiosidades de matrizes africanas e afro-brasileiras e relações raciais
Helena Theodoro é escritora, professora do IFCS/UFRJ e presidente do conselho deliberativo do Fundo Elas. Bacharel em Direito, pedagoga, Mestre em Educação, doutora em Filosofia e pós-doutora em História comparada, é referência na pesquisa de temas como cultura negra, carnaval, samba, arte, religiosidades de matrizes africanas e afro-brasileiras e relações raciais. Foi também a primeira mulher a tratar o samba como ciência e filosofia dentro da universidade, sendo pioneira em diversos campos, inclusive, na comunicação.

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A autora e historiadora Helena Theodoro recebeu a maior honraria do estado do Rio de Janeiro, a Medalha Tiradentes, no último dia 16 de abril, às 10h, no Palácio Tiradentes (RJ). A homenagem foi entregue pela deputada estadual Renata Souza (PSOL-RJ).

Helena Theodoro é escritora, professora do IFCS/UFRJ e presidente do conselho deliberativo do Fundo Elas. Bacharel em Direito, pedagoga, Mestre em Educação, doutora em Filosofia e pós-doutora em História comparada, é referência na pesquisa de temas como cultura negra, carnaval, samba, arte, religiosidades de matrizes africanas e afro-brasileiras e relações raciais. Foi também a primeira mulher a tratar o samba como ciência e filosofia dentro da universidade, sendo pioneira em diversos campos, inclusive, na comunicação.

Ao discursar, Helena Theodoro lembrou de esforços para defender e valorizar a igualdade racial e a importância da troca de informação entre as gerações. “A gente acumula vivência, experiência, alegria e ‘sofrença’, mas pode pensar sobre isso e ajudar os jovens a aprender a superar dificuldades e trilhar nossos caminhos”, afirmou.

Na Rádio MEC, por exemplo, foi redatora, produtora e apresentadora de diversos programas educativos e culturais. Criou também programas dedicados à cultura negra, como o Origens, Samba na Palma da Mão e na área da Educação, como o Projeto Minerva.

“É uma emoção muito grande receber a Medalha Tiradentes neste mês de abril, que representa toda a luta do Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, que tanto batalhou pela nossa liberdade, pela nossa independência, pelo reconhecimento do povo pobre, do povo que não é levado em consideração até hoje nesse país. É muito emocionante, muito significativo para mim, principalmente vindo de uma mulher como a Renata Souza, que vem da periferia, que é uma batalhadora, que é uma guerreira, uma mulher que traz todos os nossos valores da tradição cultural negro-africana, mostrando a nossa capacidade e competência”, afirma Helena.

Divulgação do filme “Rio, Negro”, produzido pela Quiprocó Filmes.
Créditos: Elisângela Leite/Quiprocó Filmes
Divulgação do filme “Rio, Negro” | Créditos: Elisângela Leite/Quiprocó Filmes

A honraria é concedida também em reconhecimento ao importante trabalho realizado pela intelectual, em toda a sua trajetória, contra o racismo e a intolerância religiosa, e integra as comemorações do Abril Verde, projeto de autoria da deputada Renata Souza, que propõe diversas ações de enfrentamento, prevenção e sensibilização no mês de abril, com o propósito de criar uma política permanente de conscientização da sociedade fluminense acerca do combate à intolerância religiosa.

“Eu me sinto muito feliz e honrada em receber essa medalha, esse reconhecimento, usando todo o meu trabalho, a minha vida, para mostrar como podemos viver dentro da nossa filosofia que é tão rica e que faz parte das bases dos saberes mais importantes da humanidade. Muito obrigada”, completa Helena.

Salgueirense desde pequena, Helena Theodoro também pautou o seu conhecimento nas vivências e percepções adquiridas na quadra da escola de samba. É autora de diversos livros, como a trilogia “As Matriarcas”, com as peças: “Mãe de Santo”, “Mãe Baiana” e “Mãe Preta”, além de “Mito e Espiritualidade: Mulheres Negras” (1996), “Os Ibejis E O Carnaval” (2009), “Iansã: rainha dos ventos e das tempestades” (2010) e “Martinho da Vila: reflexos no espelho” (2018). A radialista aposentada mantém planos profissionais. Segundo Helena, o próximo é fazer um musical inspirado em um livro de sua autoria, Martinho da Vila: Reflexos no Espelho. “Falando de gente preta, de alegria, de perda, mas falando de muitos ganhos”, adiantou.

“Helena Theodoro é, mais do que uma inspiração, uma referência concreta da potência da mulher negra que se apropria da academia para defender, promover, valorizar e honrar o saber negro, ancestral e popular. Devemos a essa grande mulher o seu pioneirismo na abordagem de temas como o samba e o carnaval como ciência. Doutora em Filosofia, o que Helena faz pela cultura negra tem valor inegável e é mais do que merecida essa homenagem com a Medalha Tiradentes, a principal concedida no âmbito do Legislativo estadual do Rio”, conclui Renata Souza, cria da Maré, jornalista e doutora em Comunicação e Cultura, deputada estadual pelo PSOL-RJ.

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Última atualização em: 22 de abril de 2024 às 18:54

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