Entre os dias 17 e 31 de outubro , estudantes e pesquisadores de todo o Brasil poderão submeter seus trabalhos e produções acadêmicas sobre o tema da branquitude e debates que abarcam recortes como brancura, branquidade, identidade branca, branqueamento e supremacia branca, ao chamamento público aberto pelo Observatório da Branquitude. A iniciativa detém o primeiro acervo de publicações sobre a temática no Brasil , a biblioteca digital Guerreiro Ramos , na qual também serão hospedados os trabalhos acadêmicos inscritos, após seleção.
A biblioteca, que homenageia o autor dos primeiros estudos sobre a patologia do branco brasileiro , atualmente possui mais de 250 títulos que compreendem 20 anos de produção sobre o tema — tendo como marco temporal a tese da psicóloga e ativista brasileira Cida Bento, que originou a publicação O pacto da branquitude.
Os materiais selecionados, que vão atualizar esse acervo, também devem servir de subsídio para embasar discussões pertinentes aos dias atuais, ampliando a compreensão de cenários de desigualdade em todos os setores da sociedade.
Serão avaliados trabalhos disponíveis online em anais, revistas acadêmicas, repositórios de tese, dissertações e trabalhos de conclusão de curso (TCCs), além de materiais indexados em plataformas como SciELO ou Google Schoolar. Não há remuneração prevista para os textos selecionados.
É possível visitar a Biblioteca Guerreiro Ramos no site oficial do Observatório da Branquitude.
Sobre Observatório da Branquitude
Fundado em 2022, o Observatório da Branquitude é uma iniciativa da sociedade civil dedicada a produzir conhecimento e incidência estratégica com foco na branquitude e suas estruturas de poder, materiais e simbólicos. Contando com uma equipe integralmente negra, multidisciplinar e com paridade de gênero, o Observatório da Branquitude é a primeira organização da sociedade civil que tem centralidade temática na análise da identidade racial branca e suas estruturas de poder.