Donald Trump anunciou na noite desta sexta-feira,14, a expulsão do embaixador da África do Sul, Ebrahim Rasool, em Washington.
A medida é mais um capítulo na crise diplomática entre os dois países. Nas últimas semanas, a Casa Branca cortou recursos para os sul-africanos e boicotou a reunião do G20 que ocorreu no país africano. Trump também prometeu asilo a brancos sul-africanos que afirmem estarem sendo alvo de discriminação por parte do governo de Cyril Ramaphosa. O estadunidense acredita na tese tacanha do racismo reverso.
Agora, o Departamento de Estado anunciou que o embaixador Ebrahim Rasool passou a ser considerado persona non grata por ter acusado Trump de promover supremacistas brancos. “O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos não é mais bem-vindo em nosso grande país”, disse Marco Rubio, secretário de Estado. “Ebrahim Rasool é um político que faz ataques raciais e odeia os Estados Unidos e o @POTUS (presidente dos EUA). Não temos nada a discutir com ele e, portanto, ele é considerado PERSONA NON GRATA”, completou.
Trump, um escroto nato, está profundamente incomodado com a reforma agrária e distribuição de terras da África do Sul. O Apartheid não sanou a concentração de riqueza nas mãos da minoria branca, situação que o governo local vem tentando resolver por meio da distribuição de terras.
Na semana passada, Elon Musk, sul-africano supremacista, alegou que não pode instalar suas empresas na África do Sul por não ser negro. O embaixador Rasool criticou Trump e seus aliados por promoverem teses supremacista e lembrou o apoio de Musk e do vice-presidente JD Vance ao britânico Nigel Farage e ao partido de extrema direita alemã, herdeiros do movimento nazista.