O deputado estadual Renato Freitas (PT) esteve segunda-feira (29) em Brasília em reunião com representante do Ministério dos Direitos Humanos e Ministério da Justiça, Bruno Renato Teixeira, secretário nacional de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (SNDH). Ele relatou as ameaças sofridas nos últimos dias.
Freitas costuma criticar as incursões violentas da Polícia Militar em diversas operações e no último mês, o político relatou ações violentas de agentes contra moradores em área de ocupação, sob pretexto de combate ao crime organizado, como ocorreu na área Nova Esperança, em Campo Magro (PR), do Movimento Popular por Moradia (MPM) e também no acampamento Paula Freitas, no interior do estado, do MST.
O caso de Campo Magro deixou o clime mais tenso na Assembleia Legislativa, onde Renato Freitas faz oposição ao deputado de extrema-direita Ricardo Arruda (PL), quem, segundo Freitas, teria afirmado irresponsavelmente na Assembleia que o deputado petista seria o “líder” da comunidade Nova Esperança, onde um policial foi assassinado. Já em Paula Freitas, afirma o deputado, “Policiais Militares do Paraná invadiram uma ocupação do MST há dias atrás, agrediram, ameaçaram e disseram na frente de todos que irão matar o “deputado Renato Freitas”.
“É um defensor dos direitos humanos, e para garantir a defesa dos direitos, é fundamental que nós podemos articular uma série de medidas para garantir integridade física e psicológica para exercer o seu mandato. Sobretudo, exercer a defesa incondicional dos direitos humanos no Paraná. Temos o programa de proteção aos defensores dos direitos humanos que já está mobilizado para garantir que o senhor mantenha sua militância em prol dos direitos humanos e da população”, afirmou o secretário Bruno Renato Teixeira.
Freitas questionou a perseguição em bairros periféricos, enquanto nas regiões centrais, a polícia faz vista grossa. “Por que quando algum crime é cometido nas áreas nobres da cidade há investigação e individualização da culpa, e quando acontece numa comunidade pobre até os líderes comunitários são criminalizados?”, aponta o deputado.
Confira na íntegra nota publicada pelo deputado Renato Freitas
“Policiais Militares do Paraná invadiram uma ocupação do MST na semana passada, agrediram, ameaçaram e disseram na frente de testemunhas que iriam matar o ‘deputado Renato Freitas”‘.
Isso tudo porque o mentiroso e irresponsável deputado Ricardo Arruda (PL) afirmou na Assembleia que eu teria envolvimento na morte dum policial na comunidade Nova Esperança, em Campo Magro.
Ricardo Arruda faz essa tentativa absurda de me ligar à morte do policial porque uma das lideranças do Movimento Popular por Moradia é meu assessor e morador da comunidade Nova Esperança.
Por que quando algum crime é cometido nas áreas nobres da cidade há investigação e individualização da culpa, e quando acontece numa comunidade pobre até os líderes comunitários são criminalizados?
É inadmissível esse tipo de tentativa de criminalizar nosso mandato.
Hoje estive em Brasília conversando junto ao Ministério dos Direitos Humanos e Ministério da Justiça buscando meios para me precaver contra a covardia dos mentirosos!”