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Alunos de medicina da Faculdade Santa Marcelina fazem apologia a estupro em bandeirão; Polícia abre inquérito

Secretaria da Segurança Pública informou que 8ª Delegacia de Defesa da Mulher está à disposição para ouvir os relatos. Faculdade Santa Marcelina reconheceu a participação de alunos do curso no episódio e disse que os responsáveis serão penalizados e podem até ser expulsos.
Alunos de medicina da Faculdade Santa Marcelina usaram uma bandeira com a frase "entra porra, escorre sangue" durante evento esportivo no último sábado (15)

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Alunos de medicina da Faculdade Santa Marcelina usaram uma bandeira com a frase “entra porra, escorre sangue” durante evento esportivo no último sábado (15). Uma clara apologia ao estupro,o caso ganhou repercussão nas redes sociais. Ao menos 24 estudantes aparecem em fotos ao lado do bandeirão.

A Secretaria da Segurança Pública informou que a 8ª Delegacia de Defesa da Mulher está à disposição para ouvir as denúncias feitas pelas mulheres que se sentiram agredidas e a polícia abriu inquérito para investigar o caso.

O Coletivo Francisca — grupo feminista formado por alunas e ex-alunas de medicina da faculdade, encaminhou uma denúncia formal à direção do curso.

A frase usada no bandeirão é só mais uma extensão da cultura do estupro intrínseco aos cursos de medicina dopaís..Ela faz parte de um antigo “hino” da atlética da faculdade, que foi banido em 2017 e contém ainda mais referências de cunho sexual e machista. “Além de extremamente violento, e com diversas alusões ao crime de estupro, o hino até mesmo faz menção a relações sexuais com membras da igreja que compõe o corpo docente da faculdade (‘vem irmãzinha, pega no meu pau’), denuncia o coletivo.

Horas após a manifestação do Coletivo Francisca, a Faculdade Santa Marcelina utilizou o Instagram para reconhecer em nota a participação de alunos do curso no episódio e informou que iniciou um procedimento de sindicância interna para apuração dos fatos. “Entre as punições, estão advertências verbais e escritas, suspensão e até expulsão da faculdade”, diz a nota.

Hino banido

O “hino” da atlética de medicina da Santa Marcelina já havia sido questionado pelo grupo feminista em 2017. À época, a instituição achou que apenas uma advertência para os responsáveis era o suficiente.

E são essas pessoas que vão cuidar dos corpos de mulheres em situação de vulnerabilidade. Brancos de classe média alta, invariavelmente saindo impunes e chegando aos hospitais com síndrome de deuses e com a cultura do estupro internalizada em suas mentes. A Faculdade Santa Marcelina tem que abdicar das altas mensalidades pagas por eles e dar o exemplo ou aderir de vez ao futuro odioso que futuras pacientes terão nas mãos dessas pessoas.

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Última atualização em: 19 de março de 2025 às 12:33

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