A cantora, compositora e arranjadora maranhense Ana Paula Albuquerque acaba de lançar o álbum “Tributo aos Tincoãs”, o terceiro da sua carreira. O projeto chega em todas as plataformas e presta reverência ao legado do grupo baiano, formado na cidade de Cachoeira, revisitando as 12 faixas do disco Os Tincoãs (1973). O álbum histórico foi um marco na música brasileira por conta da incorporação das cantigas de candomblé no repertório e nunca foi disponibilizado na íntegra no Spotify ou outros serviços similares de streaming de música.
Capela D’Ajuda, já lançada em single, Obaluaê, Deixa a Gira Girar e Sabiá Roxa são alguns dos destaques do álbum de Ana Paula. Os arranjos contemporâneos do projeto dialogam os elementos afro-brasileiros já presentes no trabalho do grupo formado por Mateus Aleluia, Dadinho e Heraldo, como a rítmica e as harmonias vocais, com a musicalidade da própria artista, como a linguagem jazzística.
“A realização deste álbum é um gesto de gratidão e reverência aos Tincoãs, em especial a Mateus Aleluia, com quem tenho tido o prazer de trocar experiências e aprender muito ao longo dos anos. Revisitar esse repertório, que inclui músicas consagradas e outras ainda a serem redescobertas, é minha forma de celebrar a enorme contribuição desses cachoeiranos à música brasileira e à cultura afro-baiana”, afirma Ana Paula.
O trabalho também traz participações especiais que conectam o passado ao presente da música afro-brasileira: Luedji Luna interpreta Lamento das Águas, Zé Manoel dá voz a Obaluaê e Sued Nunes participa de Sabiá Roxa, além de arranjos assinados pelo maestro Ubiratan Marques, da Orquestra Afrosinfônica. O álbum conta, ainda, com Dinha Dórea, Gab Ferruz e Raquel Monteiro, da Orquestra Afrosinfônica, e vozes de Riane Mascarenhas e Ndembu Tandala, ambas artistas revelação de Cachoeira.
A artista dá voz às releituras do álbum acompanhada por uma banda base formada por Felipe Guedes (bateria), Jordi Amorim (guitarra), Gabi Guedes (percussão) e Marcus Sampaio (baixo).
O projeto foi contemplado nos Editais da Paulo Gustavo Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura via Lei Paulo Gustavo, direcionada pelo Ministério da Cultura, Governo Federal. Paulo Gustavo Bahia (PGBA) foi criada para a efetivação das ações emergenciais de apoio ao setor cultural, visando cumprir a Lei Complementar nº 195, de 8 de julho de 2022.