A cantora e compositora Rachel Reis já não é mais uma promessa da música brasileira. Conhecida fora das fronteiras de seu Estado, Bahia, ela fez parte da trilha sonora das telenovelas da Rede Globo, ‘Renascer’ (‘Bateu’) com Gilsons e Mulú e da nova novela das 18h, ‘Rancho Fundo’ (‘Melaço’). “Maresia” esteve em ‘Fuzuê’, última novela das 19h da TV Globo e na novela portuguesa ‘Cacau’. A faixa “Caju” foi trilha ‘Cangaço Novo’, do Prime Video.
Essa relação próxima com obras audiovisuais vai além das canções em trilhas. A cantora indicou para gente cinco filmes que marcaram sua vida. De bônus, indicou cinco álbuns que todos deveriam escutar.
Cinco filmes indicados por Rachel Reis
E Sua Mãe Também (2001)
O universo imagético do filme mexeu muito comigo. A cena deles no bar é uma das minhas favoritas e influenciou na atmosfera de Maresia.
De Volta para o Futuro (1985)
Sempre fui uma pessoa nostálgica. Durante um tempo, na minha adolescência, eu recorria aos filmes pra poder ter as mesmas sensações que tinha quando eu assistia na infância. Quase como se eu pudesse voltar pra lá. E a temática de De Volta para o Futuro me pegou muito por isso. Pra mim, é a melhor trilogia.
Vanilla Sky (2001)
O que me prendeu nesse filme foi o baque de perceber que tudo pode mudar em muito pouco tempo… como uma pequena ação pode resultar em algo enorme que vai abalar toda a sua estrutura de vida, e sobre como as vezes a gente recorre à ilusão porque parece ser a única saída possível.
Edward Mãos de Tesoura (1990)
Porque eu fui uma criança que cresceu assistindo sessão da tarde, e é um clássico. Eu era apaixonada por ele e por filmes que envolviam o natal. Edward acolhia a criança estranha e solitária que vivia dentro de mim.
Click (2006)
Mais um filme sobre viagem no tempo (talvez eu goste muito de filme sobre viagem no tempo) só que com a simplicidade de Adam Sandler. É um filme pra ver de tardezinha, num domingo, como quem não quer nada. E quando você percebe já tá repensando toda a sua vida e querendo ligar pra família pra dizer que ama e que está com saudade.
Cinco álbuns indicados por Rachel Reis
Frank – Amy Winehouse
Escolhi ele por ser o primeiro álbum de Amy. Eu sou apaixonada por muita coisa dela. Quando eu era criança, vi algo na tv sobre Amy e fiquei encantada pela imagem daquela mulher tão confiante, de cabelos pretos e brincos grandes e dourados, cantando com uma voz nada doce. Anos depois eu entenderia quem era ela: uma das poucas artistas de sua geração a colocar sinceridade na letra e cantar de fato aquilo que queria dizer.
Clube da Esquina – Milton Nascimento e Lô Borges
Amo clube da esquina, principalmente as músicas na voz de Milton. A voz de Milton me acalma, me emociona e quase me traz uma certa melancolia que eu gosto de sentir.
Crazy for you – Best Coast
É um álbum leve e apaixonante. Me traz memórias boas pré-pandemia, das paixonites, da saída da adolescência e início da minha vida adulta. E é um álbum pra ouvir num dia de sol tomando banho de piscina.
A Tábua de Esmeralda -Jorge Ben Jor
A forma como Jorge consegue cantar sobre absolutamente qualquer coisa com leveza me inspira. O jeito quase falado de cantar, também. Jorge vai contra toda a ideia de que amor é brega de ser dito, vivido e cantado: o amor é manhoso, maroto, malandro, cheio de gingado e espirituoso. Igual a Jorge Ben.
Blue Rev – Alvvays
Último álbum lançado por eles e me prendeu demais. Eu amo a fotografia meio anos 2000, as letras e melodias nostálgicas da banda. É um dos que eu escuto no repeat