A produtora e cantora Femark reuniu cinco compositoras da nova geração da MPB ( Bela, Emma, Concê, Gaê e Gabi Terreiro, ) para mergulharem em temas caros para a as mulheres do país, como ancestralidade, empoderamento e libertação. As cantoras advém de São Paulo, Bahia e Rio de Janeiro, englobando diferentes vivências que, após o camp, resultou em seis músicas – entre elas “Passarinha”, que chega às plataformas digitais nesta sexta-feira (25).
“O conceito do projeto nasce do desejo de revisitar nossas ancestralidades femininas para melhor nos compreendermos no presente e, assim, podermos caminhar para o futuro com intencionalidade. Um verdadeiro exercício de libertação”, explica Femark, que dedicou a canção à mãe. “Ela foi o grande ponto de partida para que eu começasse a entender muitas coisas sobre a minha família. No passado, nossa relação foi bastante complexa, mas, com o tempo, compreendi a força e a coragem que marcaram sua jornada de transformação. Por isso, essa música é dedicada a ela e a todas as mulheres da minha ancestralidade, que de alguma forma pavimentaram o caminho para que hoje eu possa me expressar livremente, reconhecendo em mim e nas mulheres à minha volta, potência e independência”, revela.

O projeto também conta com a produção e direção musical de Raíssa Spada, instrumentação de Marina Bastos (flauta), Viviane Pinheiro (piano) e Bela (violão), Direção, filmagem e fotografia de Jöa Azevedo, edição e montagem de Rafa Lima (que assina o roteiro com Jöa e Femark) e design de Isabela Alckmin.
Ao romper com quaisquer estereótipos, Femark quer mostrar que força e feminilidade não são opostas, mas complementares. Sua abordagem evidencia que a potência de uma mensagem não depende de características tradicionalmente masculinas para ser impactante, reafirmando que a autenticidade pode ser, ao mesmo tempo, firme e sensível.
Em algum grau, “Passarinha” é sobre legado. E para Femark, a coragem diante das adversidades que suas antepassadas enfrentaram é o maior deles. Esse movimento de liberdade, presente nas mulheres de sua família, tem sido fundamental para que ela construa sua própria história e também inspire as futuras gerações. A artista espera que suas atitudes e escolhas também sirvam de exemplo para suas filhas e netas, caso um dia as tenha, ou outras mulheres perto de si, perpetuando essa força feminina.
Todo o processo de composição foi capturado em câmera de cinema e transformado em um documentário, com estreia programada para a semana do dia 4 de maio.