O cantor e compositor Federado, disponibilizou nas plataformas digitais o single Certo ou errado, segundo do próximo EP do artista, ao qual dá nome. Cheia de malemolência e suingue, a música é um samba-rock romântico e malicioso que presta homenagem ao estilo de grandes mestres como Jorge Ben Jor, Trio Mocotó, Originais do Samba e Branca de Neve – este último também oriundo do Bixiga. “Quem escutar essa canção vai ter vontade de dançar aquele samba-rock antigo, tradicional, que durante muito tempo perdurou nos bailes, não só de São Paulo, como do Brasil. Mais do que isso, é uma forma de cultivar a cultura da MPB – Música Preta Brasileira.
A letra fala sobre um romance impossível, mas consumado, independentemente do quão errado esteja. O eu lírico se divide entre a vontade de mudar de vida e o desejo de continuar curtindo sem pensar nas consequências. “É uma canção que fala de amor, de saudade, de um romance proibido. Mas fala também de limites. É um caso de amor que não tem certo ou errado, mas por trás tem uma grande declaração de amor”, esclarece o autor.
Sucedendo o pagode De novo, amor?!, Certo ou errado coloca mais uma peça no mosaico que formará o EP – uma viagem por diferentes formas do samba. “Essa faixa representa o samba-rock, e nesse EP eu trago quatro elementos do samba que eu cantei muito na minha vida, e até hoje”, conta, enumerando os estilos dos dois primeiros singles, o sambalanço e o samba de quebrada que estão por vir nas músicas restantes. “É justamente essa a proposta do EP. A gente quer trazer várias caras pro samba, várias vertentes que eu já trabalhei e muito do que a gente experimenta. Eu costumo dizer que canto samba pop justamente pra ter essa liberdade de carregar o samba, que é meu principal aliado e melhor amigo, pra esses passeios e misturas muito loucas da nossa música popular brasileira”, conclui.