“A favela não venceu, ainda está passando fome”: D2 critica ostentação no discurso do trap

"A favela não venceu, ainda está passando fome": D2 critica ostentação no discurso do trap

Marcelo D2 subiu ao palco do Rock in Rio junto com o Planet Hemp no último domingo (15), e comentou sobre a ascensão da narrativa do trap, subgênero do rap “Acho tudo uma merda. Esse movimento de hoje em dia da rapaziada mais nova, acho que tem uma coisa que me incomoda um pouco nessa nova geração que é a ostentação, acho uma armadilha fudida, muito braba esse papo de que a favela venceu” , declarou em coletiva de imprensa.

Muito popular entre os jovens, o trap tem como grandes expoentes Matuê, Kayblack, Oruam, além de fazer parte das sonoridades experimentadas por rappers como Froid e Djonga. O constante discurso visando conquistas materiais individuais como sinônimo de graça coletiva incomodam D2. “A favela não venceu, ainda está passando fome, sem saneamento básico, sem saúde. Então a gente ainda tem que lutar muito por isso, porque eu acredito muito na coisa que o Emicida falou que é de que ‘a rua é nós, não sou eu’. Então enquanto não for para todo o mundo, enquanto tiver só um cara no palco do Rock in Rio , não vai valer a pena”

O trap é o único estilo que ainda disputa espaço com o domínio do sertanejo universitário entre os gêneros mais escutados do país. Em sua gênese há menos mensagens críticas e mais odes à riquezas supostamente conquistadas pelos artistas.

No primeiro dia do RiR 2024, o trap foi o principal destaque. Os brasileiros Orochi, Oruam e Chefin traduziram o trap norte-americano para o “carioquês” . E o rapper norte-americano Travis Scott foi a grande estrela do dia

Última atualização em: 18 de setembro de 2024 às 22:29

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