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10 álbuns do rock nacional (não independente) que são obrigatórios na minha playlist

10 álbuns do rock nacional (não independente) que são obrigatórios na minha playlist

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Uma lista bem pessoal, desvencilhada das famosas listas de melhores e maiores, embora a maior parte dos discos citados se encaixem também nesses critérios.

O rock feito no Brasil foi ganhando identidade própria, se distanciando de ser apenas uma emulação do que era feito na gringa. Abaixo, alguns dos álbuns que sempre revisito.

1. Ventura – Los Hermanos

Para alguns, a banda mais chata do planeta, título conquistado, talvez, pelo fanatismo de seus fãs. No entanto, é impossível negar que os cariocas do Los Hermanos moldaram a sonoridade de uma geração inteira de novas bandas. “Ventura” é uma coleção de pérolas afetuosas difíceis de se ignorar. Há espaço para celebrar as próprias derrotas (“O Vencedor”), os desencontros amorosos (“O Último Romance”) e os conselhos fraternos (“Tá Bom”). O resultado é, invariavelmente acima da média.

2. A Tempestade – Legião Urbana

Gravado apenas com a primeira guia da voz fragilizada de Renato Russo, em agonia pelas complicações da AIDS, é o disco mais emocionalmente desgastante da banda e um dos mais melancólicos da música brasileira. “É complicado estar só/ Quem está sozinho que o diga”, canta Renato na abertura em “Natália”. Melodicamente, é um disco rico, cheio de camadas de teclados, dedilhados de violão, teclado, há parcerias com Marisa Monte e maior participação dos outros integrantes na composição, mas ouvir sabendo que a morte levou Renato Russo meses depois do lançamento é como um tempero mórbido, mas fascinante. É escutar um testamento. “E quando chegar a noite/ Cada estrela parecerá uma lágrima”. Dói.

3. Titanomaquia- Titãs

Em 1993 o grunge dominava, não a cena roqueira, mas o mundo da música. Nem o astro Michael Jackson conseguiu parar a avalanche vinda de Seattle. Os Titãs resolveram experimentar as guitarras mais pesadas (chegando mais próximas do metal e punk) e as letras ficaram furiosas, algumas caíram na escatologia (“Isso Pra mim é Perfume). A crítica e o público odiaram o disco, mas felizmente, o tempo fez justiça. Algumas das melhores músicas do grupo estão aqui. Miklos e Brito cantam como nunca em faixas como “Disneylândia” e “Será que é isso que eu necessito?”. “A Verdadeiramente Mary Poppins” é daquelas pedradas que deixam qualquer ouvinte com raiva, não importa a hora em que se ouça.

4.Simples de Coração- Engenheiros do Hawaii 

Ao lado de Legião Urbana e Los Hermanos, o Engenheiros tem a base de fãs mais fiel e fanática do rock BR. Só que ao contrário das outras duas, a banda raramente teve apoio da crítica e da imprensa. Uma das minhas bandas favoritas desde sempre, nesse álbum, Gessinger e cia temperam as harmonias com o acordeon do músico Renato Borghetti, enquanto as letras existencialistas de Gessinger seguem dando o tom. O punk e o hardcore que marcariam os futuros trabalhos da banda já aparecem aqui em faixas como “A Perigo” e “Algo Por Você” e claro, sempre há as belezas poéticas inconfundíveis do líder do grupo encontradas em “Por Acaso”, “Lado a Lado” e “Ilex Paraguariensis”.

5. Nação Zumbi- Nação Zumbi (2014)

Uma das bandas mais influentes dos anos 1990, A Nação pereu precocemente seu frontman, Chico Science, rosto do movimento Manguebeat, que propunha uma mistura do rock, hip-hop, samba e reggae com maracatu e outros ritmos oriundos dos estados do Nordeste. Jorge Du Peixe, passou a liderar a banda e as comparações foram inevitáveis, ainda mais com a guinada mais ao rock da banda. Nesse disco homônimo, a Nação consegue um resultado roqueiro coeso, sem abrir mão das influências vindas de Pernambuco. O som é de muita qualidade e as letras permanecem tão boas como sempre foram. Acho “Um Sonho” umas das coisas mais bonitas da vida.

6. Cosmotron – Skank

Após sucesso gigantesco nos anos 1990 com os discos de reggae e dancehall “Calango e “O Samba Poconé”, o Skank passou a experimentar mais com o rock britânico que já fazia parte das influências do grupo. Em “Siderado” e “Maquinarama”, houve um ensaio da obra-prima que viria. Lembro que eu dizia a amigos que se “Cosmotron” tivesse sido lançado por uma banda norte-americana ou inglesa, o Skank seria considerado o novo salvador do rock. Do clima etéreo de “Dois Rios”, passando pela lindíssima “Formato Mínimo” e até a saturada “Vou Deixar”, o grupo mineiro conseguiu chegar no auge criativo, abraçando o que de melhor foi feito por Beatles e cia, sem deixar de calibrar na assinatura própria. Samuel Rosa é um dos melhores compositores de sua geração.

7.  Krig- Ha Bandolo- Raul Seixas

Esse foi o disco que apresentou Raul Seixas para o Brasil. Ao contrário do que as bandas oitentistas fariam, ao abandonar a brasilidade para abraçar o rock, Raul soou roqueiro sem negar as influências de seu país. Tudo em “Krig Ha-Bandolo” é contundente. A mosca na sopa da música brasileira veio com tudo e conseguiu, em seu primeiro trabalho solo, englobar clássicos como “Ouro de Tolo”, “Metamorfose Ambulante” e “Al Capone”.

Passados mais de 50 anos de seu lançamento, o álbum soa muito atual, sonora e poeticamente.

8. Nove Luas – Paralamas do Sucesso

A banda mais consistente entre as grandes que surgiram nos anos 1980. Os Paralamas seguiram um padrão de qualidade invejável e é difícil escolher o melhor de sua discografia. Em “Nove Luas”, o trio deixa um pouco de lado o ska e reggae dos trabalhos anteriores e investe num pop rock de qualidade que infelizmente não foi um exemplo seguido por muitas das bandas surgidas no começo dos 2000. Os ritmos latinos permeiam várias das faixas como “Outra Beleza” e o hit “La Bella Luna”

“Lourinha Bombril”, versão da música Parate Y Mira, da banda argentina Los Pericos, é tocada até hoje nos shows tamanha força pop da canção. Minha faixa favorita do disco é “De Musica Ligeira”, balada roqueira crua que é mais uma versão de um rock argentino (a faixa ficou conhecida no Brasil por “Á Sua Maneira pela releitura do Capital Inicial).”

9. A Volta de Secos & Molhados – Secos e Molhados

Bom, mesmo em 2024, ouvir o disco de estreia do grupo é uma experiência que impressiona. Sem cerimônias, em apenas 30 minutos, o disco espanca o ouvinte com pop da mais pura estirpe. São 13 faixas maravilhosamente costuradas por influências folclóricas, Rock Psicodélico, Folk, Pop e poesia e claro, o contexto político da época. Embora seja o principal compositor, dificilmente o português João Ricardo conseguiria esse resultado fenomenal sem a voz e a performance de Ney Matogrosso. O cantor virou uma estrela e o símbolo de um dos melhores álbuns da história da música brasileira.“O Vira”, “Primavera nos Dentes”, “Mulher Barriguda” , “Rosa de Hiroshima” e “Assim Assado” são parte da miscelânea sonora arquitetada pelo trio, mas começar um disco com uma canção como “Sangue Latino” é de foder!f A faixa de abertura mais arrasadora da década. 

10. Entre Seus Rins – Ira!

Vivendo uma fase de popularidade inédita desde que surgiu, nos anos 1980, o Ira! volta a flertar com a eletrônica em um álbum inspirado e cheio da boa energia roqueira guiada pelas guitarras sempre espertas de Edgard Scandurra. A faixa título é irresistível, mas também dá para citar como destaques a balada “Superficial como um Espinho”, “Homem de Neanderthal”, “Milhas e Milhas” e “Para Ser Humano”.

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Última atualização em: 9 de julho de 2024 às 10:54

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