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Vereadora mais votada da história do PT em Guarulhos, Fernanda Curti emerge como liderança combativa e necessária

Vereadora mais votada da história do PT em Guarulhos, Fernanda Curti emerge como liderança combativa e necessária

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Uma semana após os resultados da eleição municipal de Guarulhos, segunda maior cidade do Estado de São Paulo, encontramos a ativista social e agora vereadora eleita Fernanda Curti na Nossa Casa-Arte e Terapia, ponto importante de apoio em sua campanha. Claramente cansada da jornada de campanha pelos bairros da cidade, mas feliz por poder celebrar uma vitória adiada por quatro anos em sua trajetória política.

Eleita com 9.236 votos, Fernanda Curti se tornou a vereadora mais votada da história do PT em Guarulhos. Feito importante diante dos constantes debates sobre a necessidade de novas lideranças no campo da esquerda, sobretudo o petista. De postura combativa, na campanha, Curti não abriu mão de defender pautas que muitos julgam afastar o voto das periferias, a exemplo de feminismo, racismo, homofobia, legalização das drogas, além de manter os atos das quais já participa há anos em defesa da população ameaçada de perder moradia por conta das constantes desapropriações na cidade.

“Não abandonei nenhuma das pautas que defendo para fazer campanha. Todos que me acompanham, que me conheceram, sabem que sou antiproibicionista, defendo o direito das mulheres, sou antirracista, sou gay. Não acho que tenhamos de abandonar as coisas que a gente defende para conquistar voto”, conta Fernanda.

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Em 2020, quando saiu candidata pela primeira vez, ela foi eleita com 4.405 votos, mas teve o direito de tomar posse derrubado por manobra jurídica feita por Márcia Taschetti (PP), que solicitou à Justiça Eleitoral a recontagem de votos e acabou assumindo uma das 34 cadeiras da Câmara Municipal pela soma dos votos da legenda nos cálculos do novo quociente eleitoral. Foi preciso diversas recontagens para confirmar a candidata da direita e excluir Fernanda Curti de um espaço dominado por conservadores reacionários. “Batalhamos muito, mas sabemos como as coisas funcionam. Além de tudo, tinham colocado minha foto na parede dos eleitos e simplesmente tiraram meu quadro, com meu rosto. Quando recolocaram, tinham escondido meu rosto. Uma tentativa de apagamento deliberado, sabe. Mas voltamos ainda com mais força”, relembra.

A vereadora não concorda com as críticas feitas ao PT sobre a formação de novas lideranças políticas. Ela conta que é cria da juventude petista e que o partido sempre deu espaço para o surgimento de novas figuras na política. Para Fernanda, muitas das críticas recentes ao partido são uma tentativa da desconstrução da imagem do Partido dos Trabalhadores como representante do povo e casa de novas ideias.

“Lula está vivo e é a maior figura política da nossa história. Não faz sentido ficar querendo substituí-lo na liderança se ele está vivo, foi eleito. Sem o PT e Lula, Bolsonaro seria reeleito. Novas lideranças estão surgindo, sim. Mas sabemos que toda narrativa antipetista pega nos tempos atuais”, reflete.

No entanto, Fernanda Curti confere importância ímpar ao famigerado e sempre citado trabalho de base. Na Nossa Casa – Arte e Terapia, um comitê de apoiadores se reúne constantemente para debater novos caminhos para a política guarulhense, arte, cultura, culinária, e dali, apoiadores de várias áreas se engajaram com a ativista durante parte de sua caminhada política dos últimos anos. “É importante ter um espaço como esse, onde as pessoas possam debater ideias, ser um centro de encontro, um ponto de resistência numa cidade tão cercada por conservadorismo, sabe?”.

Vereadora mais votada da história do PT em Guarulhos, Fernanda Curti emerge como liderança combativa e necessária
Fernanda com Mãe Bebê de Oxum | Foto: Alaketu Asé Omikaye

O trabalho na rua foi essencial também para que Curti obtivesse votos. Sem o poderio financeiro dos adversários, muitos ligados às velhas forças políticas e empresariais da cidade, a jovem vereadora sempre manteve proximidade com a população periférica, sobretudo da região onde mora, no Taboão, onde ficam bairros como Vila União, Paraíso, Parque Mikail, Santa Lídia e Malvinas.

Agora, a missão de Fernanda é encarar uma Câmara majoritariamente masculina e de direita e extrema-direita (apenas três mulheres se elegeram), com ela sendo a única eleita negra e LGBTQ de esquerda. Serão quatro anos difíceis para pautas progressistas. O prefeito eleito foi o bolsonarista Lucas Sanches, o qual Fernanda define como “um fantoche do Waldemar da Costa Neto”, principal escudo de Bolsonaro e presidente do PL, maior partido da extrema-direita brasileira.

“Sabemos que não será fácil. Precisamos apresentar ao povo de Guarulhos perspectivas novas de ver as coisas. No segundo turno, apoiei Elói Pietá, que foi quadro do PT e com certeza era uma melhor opção de alguém que é apenas um manipulado por forças maiores, mas vamos mitigar estragos e também propor pautas de melhoria para a população de Guarulhos”, conclui.

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Última atualização em: 13 de novembro de 2024 às 1:12

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