Publicidade

Últimos dias para conferir a exposição de Cícero Dias no Farol Santander São Paulo, com obras inéditas no Brasil

O Farol Santander São Paulo,

Publicidade

O Farol Santander São Paulo, centro de cultura, lazer, turismo e gastronomia, permanece em cartaz com a exposição Cícero Dias – com açúcar, com afeto. Com 42 obras, a mostra, que tem curadoria de Denise Mattar, produção de MG Produções e consultoria de Sylvia Dias (filha do artista), será a primeira de 2025 e faz parte da programação comemorativa pelos sete anos do Farol Santander São Paulo. O público poderá visitar a exposição que ocupa toda a galeria do 22º andar, até 27 de abril (domingo).

 

A exposição sustenta como proposta realçar a trajetória do artista, contextualizando sua história e evidenciando sua profunda relação às origens pernambucanas. Embora tenha vivido a maior parte de sua vida em Paris, onde foi amigo de Pablo Picasso, Paul Éluard, Alexander Calder entre outros, Cícero Dias nunca deixou de fato o Engenho Jundiá, onde nasceu.

O percurso circular da mostra apresenta as aquarelas oníricas da década de 1920. Exibe também as pinturas memorialistas dos anos 1930, atravessa o surrealismo dos anos 1940, aponta a abstração da década de 1950, e traz sua produção dos anos 1960 a 1990, quando ele retorna à figuração, incorporando toques nostálgicos dos anos 1930, acentos surrealistas da década de 1920 e as conquistas estruturais da abstração.

Últimos dias para conferir a exposição de Cícero Dias no Farol Santander São Paulo, com obras inéditas no Brasil
Cícero Dias, © Dias, Cícero dos Santos_ AUTVIS, Brasil, 2025, Sem título, déc. 1920


 

 

Um dos destaques da exposição é a obra inédita Cabaré, déc.1920, uma aquarela sobre papel com dimensões de 49,5 x 29,5 cm. Este trabalho foi adquirido por um colecionador francês nos anos 1930, após uma exposição de Cícero Dias em Paris, permanecendo na Europa desde então. Recentemente, a obra foi adquirida pelos colecionadores brasileiros que a cederam para esta mostra.

Outro significativo trabalho de Cícero Dias exibido nesta exposição é a tela aquarelada Casa grande do Engenho Noruega (1933). Esta obra é uma das principais da carreira do artista e ilustrou a capa de diversas edições do livro Casa-Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, um marco na literatura brasileira.

O ambiente também contará com duas obras táteis, com recurso de acessibilidade, incluindo Baile no Campo (capa), de 1937, da Coleção Santander Brasil, e Sem Título (s.d.), da Coleção Marcos Ribeiro Simon, São Paulo, SP.


 

Entre as telas que integram o espaço, há peças provenientes de algumas das principais instituições, como o Santander Brasil, o Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (RJ), o Museu de Arte Moderna de São Paulo, o Museu de Arte Brasileira da FAAP (SP), o Instituto São Fernando (RJ), além de colecionadores particulares, como Gilberto Chateaubriand (RJ), Waldir Simões de Assis (PR), Marta e Paulo Kuczynski (SP), Leonel Kaz (RJ), Marcos Simon (SP), entre outros.

Cícero Dias, © Dias, Cícero dos Santos_ AUTVIS, Brasil, 2025, Sem título, déc. 1920
Cícero Dias, © Dias, Cícero dos Santos_ AUTVIS, Brasil, 2025, Escola, déc. 1930


 

“Sonhos”:

Em 1928, Cícero Dias, com apenas 21 anos, realizou uma exposição de aquarelas na Policlínica, no Rio de Janeiro, que atraiu a atenção de toda a intelectualidade carioca. O artista apresentou um trabalho que rompia com as correntes estéticas da época, sem seguir os estilos cubista, impressionista ou expressionista.

O núcleo reúne nove obras produzidas entre 1925 e 1933. Dentre as peças, destacam-se as aquarelas Bagunça, 1928 (coleção particular), Jogos, 1928 (acervo Museu de Arte Brasileira – MAB/FAAP) e Cabaré, tela inédita, 1920 (coleção particular).

Também como destaque deste conjunto há o Retrato de Manuel Bandeira, s.d. (coleção Gilberto Chateaubriand, MAM Rio), que carrega uma curiosidade importante: Cícero Dias e o poeta Manuel Bandeira foram grandes amigos. Em um de seus escritos, Bandeira fez uma homenagem ao artista, evidenciando a relação próxima entre ambos e a admiração mútua que existia entre eles.

O Rio não deve ter esquecido aquele estranho rapaz que um dia expôs na sala térrea do derrubado edifício da Policlínica, à Av. Rio Branco, uma abracadante coleção de aquarelas diante das quais o visitante incauto era desde logo tomado por uma impressão de atropelamento (…). Manuel Bandeira

Cícero Dias

Nascido em 1907, no Engenho Jundiá, Pernambuco, Cícero Dias ingressou nos cursos de Arquitetura e Belas Artes no Rio de Janeiro, mas não os concluiu. Em 1937, mudou-se para Paris, onde viveu até o fim da vida, integrando-se plenamente à vanguarda artística europeia. Apesar da distância, o Brasil permaneceu presente em sua obra, assim como ele nunca foi esquecido por seu país natal.

Em 1938, durante sua primeira exposição em Paris, o crítico francês André Salmon descreveu Cícero Dias como um “selvagem esplendidamente civilizado”, uma definição que acompanhou toda a carreira do artista, de sua estreia em 1928 até seu falecimento em 2003. Com uma trajetória longa e prolífica, Cícero Dias manteve uma fidelidade rara a si mesmo, sempre ousando criar livremente, sem temer críticas.

Serviço: Cícero Dias – com açúcar, com afeto

Onde: Rua João Brícola, 24 – Centro (estação São Bento – linha 1, azul do metrô)

Site Farol Santander: farolsantander.com.br

Telefone Farol Santander: (11) 3553-5627

Publicidade

Última atualização em: 31 de março de 2025 às 11:19

Compartilhe :

Facebook
Twitter
LinkedIn
Telegram
WhatsApp

Deixe um comentário

Área para Anúncios

Seus anúncios aqui (área 365 x 300)

Publicidade

Matérias Relacionadas

Se inscreva na nossa Newsletter 🔥

Receba semanalmente no seu e-mail as notícias e destaques que estão em alta no nosso portal

Categorias

Publicidade

Links Patrocinados