Novo título da editora Nova Fronteira conta com ilustrações de Vanessa Ferreira, fenômeno na internet com o perfil ‘Preta Ilustra’, e narra a jornada de um garoto cuja bisavó é uma árvore centenária
Lançamento da Nova Fronteira, O menino e sua árvore, nova incursão de Rodrigo França pela literatura infantil, mergulha nas profundezas da ancestralidade. Com ilustrações de Vanessa Ferreira (mais conhecida nas redes sociais como Preta Ilustra), o livro narra a encantadora jornada de Sol, um menino feliz cuja bisavó é uma árvore centenária. Na trama, acompanhamos a jornada de Sol, um menino alegre cuja bisavó é uma árvore centenária. Enfrentando piadas e incompreensões dos colegas de escola, Sol aprende a valorizar os antepassados, reconhecendo a sabedoria dos mais velhos. Rodrigo França, que dirigiu no teatro o espetáculo Para meu amigo branco,montagem inédita cujo texto escrito com Mery Delmond foi inspirado no livro de Manoel Soares, mais uma vez demonstra sensibilidade ao explorar temas complexos de forma acessível às crianças.
O autor, que deu início à nova função de comentarista na mesa redonda do Sem Censura, na TV Brasil, onde tem a oportunidade de contribuir nos debates levando seu conhecimento, explora na obra a importância de fortalecer as raízes afetivas para um crescimento saudável. Além disso, ele exalta a sabedoria dos mais velhos, o acolhimento da família e o amor que fomenta a conexão com as origens.
Em O menino e sua árvore, o autor destaca a influência das filosofias africanas, ressaltando que a ancestralidade, para essas culturas, transcende passado, presente e futuro. Ele reflete sobre o conceito de continuidade e perpetuação de saberes que atravessam gerações. “No Pequeno príncipe preto existe uma relação com aqueles que vieram antes. Já nesse novo livro, mostro que quem é presente para as filosofias africanas é ancestral, porque já é referência para os mais novos. Aqueles que nem nasceram também são ancestrais porque serão referências dos próximos”, explica.
As ilustrações de Vanessa Ferreira, talentosa artista oriunda da periferia de São Paulo, enriquecem a narrativa com cores vibrantes e expressivas. A história da ‘Preta Ilustra’, assim como a do menino Sol, inspira pela superação e construção de um legado apesar das adversidades. “Eu só convivia com mulheres negras que perderam seus sonhos na luta pela sobrevivência. Por isso, eu tinha apenas uma chance de acontecer… e aconteci. Tenho feito muitos trabalhos que me orgulham e que são bem recebidos pelas pessoas. Agora, por exemplo, estou aqui, junto do Rodrigo, contando essa história que aqueceu meu coração e com certeza vai aquecer o seu também”, afirma.
O menino e sua árvore promete abrir portas para o aprendizado e estimular a imaginação, oferecendo uma oportunidade única de reflexão sobre a importância das raízes familiares e da ancestralidade para o amadurecimento pessoal.