Para contar trinta anos de protagonismo na história do hip hop no Rio Grande do Sul, o grupo de rap gaúcho Revolução RS apresenta a exposição “Vai Ficar Russso: Três Décadas de Revolução RS”. Composta por fotos, vídeos, cartazes, discos, diversos artigos e relatos pessoais dos integrantes, a exposição entra em cartaz no Museu da Cultura Hip Hop RS – o primeiro Museu de Hip Hop da América Latina – neste sábado (6), e o público poderá visitá-la até 22 de setembro.
“Vai Ficar Russso: Três Décadas de Revolução RS” foi selecionada através da primeira chamada do edital Vem Pro Museu, financiado por meio da Lei de Incentivo à Cultura, com patrocínio da Petrobras e patrocínio do Instituto Neoenergia. A exposição chega à sala Hip Hop Criado na Rua, que é um espaço rotativo, e que até então estava recebendo a mostra “Da Guedes 30 Anos”.
O Revolução RS surgiu como uma resposta fervorosa à desigualdade e ao abandono enfrentados pela periferia na capital gaúcha. Nasceu em 1992, sendo lançado oficialmente em 1993, na comunidade do bairro Bom Jesus, Zona Leste de Porto Alegre, como a voz insurgente de adolescentes que se recusavam a aceitar o descaso dos governantes. Hoje, o grupo é consolidado como uma potência indiscutível na história do rap sulista.
Ao explorar esta exposição, o público poderá mergulhar na história, ativismo e cultura que moldaram o Revolução RS. Os 87 itens contam a jornada do grupo que, ao longo de três décadas, utilizou a música como uma poderosa ferramenta de protesto e transformação social.
“Vai Ficar Russso: Três Décadas de Revolução RS” também prestará sua homenagem a Fábio da Silva Dias, o Amarelo. O integrante do grupo faleceu no último dia 24 de junho.
Localizado na Rua Parque dos Nativos 545, Vila Ipiranga, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, o Museu da Cultura Hip Hop RS fica aberto para visitação de quarta a domingo, das 9h às 12h e das 14h às 17h, inclusive aos feriados. Neste período, é possível optar por visitas agendadas ou livres. A entrada é gratuita.