O poder transformador da arte une novos músicos das mais diferentes regiões do Brasil nas Orquestras Jovens do Sesc. Até o dia 31 de janeiro, 58 desses jovens de dez estados terão uma experiência ainda mais rica: vão se apresentar no Festival Internacional Sesc, que ocorre em Pelotas (RS), e é o maior evento de música clássica do país recebendo artistas também da Argentina, Chile, Colômbia, Peru, Porto Rico e Uruguai.
Os músicos das Orquestras Jovens terão ainda a oportunidade de participar de cursos, oficinas e novas vivências em um intercâmbio cultural com colegas, professores e instrutores neste projeto que busca a inclusão social por meio da arte.
Guilherme Lão, 16 anos, é um deles. Aluno do projeto Sesc Orquestras Jovens em Belo Horizonte, soube desde cedo que queria seguir carreira. Estudante do Ensino Médio, ele vai aproveitar evento em Pelotas para melhorar sua formação e se preparar para um novo passo: “Agora, quero estudar Música na UFMG e seguir carreira”, contou.
A paranaense Gabrielly Lyandra de 19 anos conheceu o projeto aos 12, em Maringá, onde mora. “Minha escola, que era pública, recebeu a visita de professores do projeto para apresentar os instrumentos e seus sons. Foi nesse momento que despertaram em mim o interesse por essa arte. Me matriculei na Orquestra e comecei com as aulas de viola de arco”, conta. Agora, Gabrielly cursa Música na Universidade Estadual do Paraná e conta como mudou sua relação com as pessoas. “Eu era uma criança extremamente introspectiva. Minha mãe sempre era chamada na escola por causa da minha dificuldade de socialização. Graças à Orquestra, venci a timidez e elevei minha autoestima”, comemora.
De Roraima, oito alunos do projeto Sesc Orquestras Jovens viajaram para Pelotas para viver uma experiência única, como a Estefany Rivas, 22 anos, aluna violinista do projeto. Ela começou na música aos 8 anos, em seu país de origem, a Venezuela, e ingressou na orquestra do Sesc há três anos. “O projeto ajuda muito a estimular e revelar novos talentos musicais. Contei também com o incentivo dos professores, que acreditaram no meu potencial”, conta Estefany.
“A inclusão social está no DNA do Sesc. Nosso objetivo com as Orquestras Jovens é proporcionar a esse público a oportunidade de desenvolver habilidades musicais e socioemocionais, além de promover transformação e abrir novos horizontes por meio da música. O encontro dos integrantes das orquestras de diferentes cantos do país, junto com essa grande imersão cultural e as vivências do Festival, constroem conhecimento e trazem experiências capazes de ampliar o repertório de vida desses jovens. Ações como essa fazem a diferença. São um investimento dos empresários do setor do comércio de bens, serviços e turismo para o desenvolvimento das pessoas e do Brasil”, explica Janaína Cunha, Diretora de Programas Sociais do Departamento Nacional do Sesc.
Estarão presentes, jovens de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Maranhão, Sergipe, Paraná, Roraima, Goiás, Paraíba e Mato Grosso (Polo Socioambiental Sesc Pantanal). Nesse ano, pela primeira vez, o estado do Rio Grande do Sul estará também com sua própria Orquestra Jovem, criada em Pelotas, nesse mês de janeiro.
Os jovens se apresentam no Theatro Guarany, no dia 29 de janeiro, às 20h, sob a regência de Geovane Marquetti. Eles serão acompanhados pelos alunos das orquestras Estudantil do Areal e Municipal de Pelotas. Também terão a oportunidade de levar a arte a hospitais, unidades de cuidados e paróquias, ampliando o acesso à música para diferentes públicos.
