A Prefeitura de São Paulo indica uma agenda cultural temática para os entusiastas de Histórias em Quadrinhos. A pedida perfeita é maratonar milhares de HQs disponíveis nos acervos da Gibiteca Henfil, no Centro Cultural São Paulo, na gibiteca da Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato e na biblioteca digital BiblioSP.
No Centro Cultural São Paulo (CCSP), a Gibiteca Henfil possui um catálogo com mais de 10 mil títulos entre álbuns de quadrinhos, gibis, periódicos e livros sobre HQ, com um espaço totalmente dedicado a zines – impresso artístico de formato livre e independente, sucesso nos anos 60 e 70. Entre as raridades, um fac-símile da primeira revista do Super-Homem, a primeira revista da Mônica (a criação de Mauricio de Sousa) e até alguns exemplares da ‘Tico Tico’, a primeira revista a publicar quadrinhos no país.
A gibiteca funciona de terça a sexta-feira, das 10h às 20h, e aos sábados, domingos e feriados de fim de semana, das 10h às 18h. Os leitores podem emprestar até 10 HQs, dentre os exemplares circulantes.

O centro cultural também oferece aulas gratuitas de produção artística de zines-diários, que inclui técnicas introdutórias de gravura e impressão. O projeto “Xilo-Zine: experimentos gráficos em artesanias impressas”, ocorre às sextas, das 14h às 20h. Com classificação livre, não é necessária a inscrição prévia para participar da atividade.
Já a gibiteca da Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato, equipamento municipal localizado na Vila Buarque, possui mais de 4.400 exemplares de quadrinhos e mais de 2.300 coleções de gibis e mangás, além de boardgames e espaços de leitura imersivos para os frequentadores. O espaço fica em frente à área de convivência da biblioteca e ao lado a sala juvenil para crianças. Seu horário de funcionamento segue a mesma da biblioteca infantojuvenil Monteiro-Lobato: de segunda a sexta-feira das 8h às 17h, e sábados das 10h às 14h.
Digital

Na plataforma BiblioSP, um serviço de streaming online e gratuito oferecido pela Prefeitura de São Paulo, é possível encontrar uma seleção especial de gibis entre os mais de 17 mil títulos disponíveis na plataforma.
Com obras em português, inglês, espanhol, francês e alemão, é possível ler online e consultar quais acervos estão disponíveis em cada biblioteca, solicitando a sua reserva por e-mail.
Entre as histórias em quadrinhos emblemáticas que constam no BiblioSP estão volumes da Marvel Comics – como Guerra Civil (2017), Zumbis Marvel (2014) e Invasão Secreta (2015) – e da DC Comics – como Batman: Piada Mortal (2011), Superman: Entre a Foice e o Martelo (2017), Liga da Justiça: Origem (2017), Batman: Ano Um (2005); além de quadrinhos brasileiros da Graphic MSP, como Jeremias: Pele (2018), Tina: Respeito (2019) e Mônica: Força (2017), e produtoras mais independentes, tais quais “Cumbe” (2014), “Angola Janga” (2017), “Todos Bob Cuspe” (2015), “Achados e Perdidos” (2012), “Tungstênio” (2014) e “Daytripper” (2011).

As Histórias em Quadrinhos como linguagem artística única e poderosa
As tradicionais HQs já existem no Brasil desde o século XIX, chegando por meio de charges, até se solidificar com a publicação do primeiro quadrinho brasileiro: “Nhô Quim”, de Ângelo Agostini, publicado no dia 30 de janeiro de 1869 – sendo a razão pela escolha da data. Sua composição, misturando elementos textuais e imagéticos, o tornam um produto cultural único de contar histórias.
Pela leitura dinâmica e do bom gatilho de atenção com os visuais coloridos, os quadrinhos formaram uma forte base na cultura e na formação socioeducacional. Afinal, quem nunca começou a ler com os gibis da Turma da Mônica ou adquiriu um novo hábito à leitura a partir dos quadrinhos? Por protagonizarem esse papel importante, as histórias das HQs protagonizam uma grande ocupação dentro do imaginário coletivo, sendo lembrados e consumidos em massa entre gerações diferentes. Hugo Abud exemplifica a questão lembrando das maiores bilheterias do cinema, com 3 dos 10 filmes mais vistos da história baseados em Histórias em Quadrinhos, principalmente da franquia “Vingadores”, da Marvel Comics.
Serviço
Xilo-Zine: experimentos gráficos em artesanias impressas
Quando: todas as sextas-feiras, das 14 ás 20h
Onde: Folheteria do CCSP | Rua Vergueiro, 1000 – Liberdade
Ingresso: gratuito
Classificação: Livre
Sinopse: Mais informações podem ser conferidas no site do CCSP
Serviço
Gibiteca na Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato
Quando: De 2ª a 6ª feiras das 8h às 17h, sábados das 10h às 14h
Onde: Biblioteca Infantojuvenil Monteiro Lobato | Rua General Jardim, 485 – Vila Buarque
Serviço
Gibiteca Henfil
Quando: Aberto de terça a sexta, das 10h às 20h; e aos sábados, domingos e feriados no fim de semana das 10h às 18h
Onde: Centro Cultural São Paulo | Rua Vergueiro, 1000 – Paraíso
Sobre Secretaria de Cultura e Economia Criativa
A Secretaria Municipal de Cultura e Economia Criativa (SMC) de São Paulo, fundada em 1935 como Departamento de Cultura e Recreação, promove a cultura e impulsiona a economia criativa da cidade. Com mais de 90 anos de atuação, valoriza a diversidade cultural brasileira, preserva patrimônios e forma profissionais para a indústria criativa. Com uma rede abrangente, a SMC administra mais de 251 equipamentos culturais, incluindo 13 Centros Culturais, 7 Teatros Municipais, 20 Casas de Cultura, 14 Museus, 54 Bibliotecas de Bairro, 15 Pontos e 15 Bosques de Leitura, 6 EMIAs (Escolas Municipais de Iniciação Artística), 3 unidades da Rede Daora de capacitação em Indústria Criativa, além de 36 salas de PIAPI (Programa de Iniciação Artística à Primeira Infância) e 68 de PIÁ (Programa de Iniciação Artística). A pasta segue inovando e ampliando o acesso à cultura, consolidando São Paulo como referência em políticas culturais inclusivas e criativas.