O documentário “Crônicas de Uma Jovem Família Preta”, com direção de Davidson D. Candanda, estreou ontem, 26, no Estação NET Rio. O diretor, Mestre em Relações Étnico-Raciais, busca em seu filme trazer reflexões com sensibilidade sobre o cotidiano de uma família negra, para emocionar e provocar os espectadores sobre o tema da representatividade e a celebração da vida. No dia 26, haverá sessão debate com a presença do diretor, do casal do filme Hellena e Lucas, e o filho deles Dom. O filme tem distribuição da Borboleta Filmes.
A narrativa acompanha o dia a dia de Hellena, Lucas e o filho Dom. Hellena é dançarina e trancista; Lucas trabalha como barman e Dom está prestes a completar dois anos de idade. Mesmo com pouco dinheiro, o casal decide fazer uma festa de aniversário para o filho.
“Uma família preta deve ser um lugar de reexistência e “Crônicas de Uma Jovem Família Preta” é um filme sobre a celebração da vida de nossas crianças”, explica Candanda, na expectativa de que o filme chegue a cada vez mais pessoas e encontre uma conexão profunda com seu público. “A razão de existir de um filme — ou de qualquer forma de arte — é servir como um instrumento para enriquecer a vida das pessoas e iluminar a experiência humana. Desejo que o documentário cumpra esse propósito em sua trajetória”.
Reconhecimento internacional
Antes mesmo de sua estreia comercial no Brasil, o longa já acumula reconhecimento. Foi selecionado para a 20ª edição do Festival Brésil en Mouvements, que acontece em Paris, consolidando sua estreia mundial na Europa. “Estar nesse festival é significativo, pois ele promove há duas décadas um olhar aprofundado sobre o Brasil para o público francês”, comemora Candanda. Desde sua estreia no Festival de Brasília em 2023, o filme já percorreu importantes festivais e mostras, como o Encontro de Cinema Negro Zózimo Bulbul (RJ), o Panorama Internacional Coisa de Cinema (BA) e o Festival Internacional de Cartagena de Índias (Colômbia) . O filme foi lançado em Salvador.