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‘Deadpool & Wolverine’ traz a melhor versão dos personagens em meio a sangue, adrenalina, fanservice e diversão descompromissada

A narrativa é simples, embora mergulhe num fator que tem estragado muito da experiência com os filmes Marvel desde ‘Vingadores – Ultimato’: o multiverso
‘Deadpool & Wolverine’ traz a melhor versão dos personagens em meio ao sangue, adrenalina, fan service e diversão descompromissada

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Enquanto fãs e críticos tecem teorias sobre o fim dos filmes de super-heróis em meio à tantas produções irregulares ou até mesmo ruins, Deadpool & Wolverine ganhou ares de possível salvação do gênero devido ao ar anárquico que a franquia do Mercenário Tagarela estabeleceu em seus dois filmes anteriores. O terceiro filme chega trazendo um velho conhecido dos fãs, e todos se perguntavam se seria apenas uma masturbação vazia para fanáticos por fanservice ou uma experiência genuinamente divertida, violenta e engraçada como alguns esperavam. A resposta é: as duas coisas.

Deadpool & Wolverine coloca o herói de uniforme vermelho em atrito com a AVT (agência que vigia a integridade das linhas do tempo) e para salvar seu mundo, ele precisa da ajuda do mutante carcaju, que está desolado por não ter conseguido salvar seu próprio mundo, sendo o único X-Men sobrevivente.

O roteiro escrito por Reynolds com o diretor Shawn Levy (“Free Guy”) não tenta em nenhum momento ser complexo. A narrativa é simples, embora mergulhe num fator que tem estragado muito da experiência com os filmes Marvel desde ‘Vingadores – Ultimato’: o multiverso. No entanto, o filme dribla com louvor os possíveis problemas justamente não se levando a sério, abraçando o absurdo da situação e dando cutucadas na própria Disney sobre o caminho que o Universo Cinematográfico da Marvel tomou.

Hugh Jackman finalmente usando o uniforme amarelo e azul

Se havia violência digna de um filme que retrata um mercenário especialista em lutar com espadas em facas nos filmes anteriores, aqui, ela definitivamente não deixa dúvida quanto a qual classificação indicativa ele pertence. Logo na cena de abertura, uma sequência de luta que abusa do gore e da farofada sangrenta que conquistou os fãs. Ryan Reynolds, definitivamente encontrou o papel de sua vida.

Antes de Deadpool encontrar a versão de Wolverine que vimos nos trailers, usando o uniforme clássico dos quadrinhos, há um delicioso passeio por fases consagradas do personagem que com certeza vão deixar os fãs de longa data do mutante casca grossa muito felizes. Claramente houve um carinho em pesquisa com o personagem, muito em homenagem ao seu intérprete, Hugh Jackman, mais uma vez brilhando e finalmente encarnando uma versão animalesca do personagem que não se viu nem mesmo no ótimo ‘Logan’ (2017). A presença torturada interpretada de maneira fascinante pelo ator australiano, tornam a sequência de piadas intermináveis que permeiam o filme ainda mais engraçadas.

Falando nas piadas, é incrível como um filme de 2 horas de duração consegue acertar em praticamente todas. Pontos para o excelente timing cômico do roteiro e de Reynolds. Algumas tiradas só vão funcionar para os mais aficcionados, como referências aos filmes da Marvel e aos quadrinhos, mas em geral, houve preocupação da produção em agradar o público casual.

Se algumas produções recentes, da DC ou da Marvel, abriram mão da qualidade narrativa para despejar apenas autorreferências e easter eggs, ‘Deadpool & Wolverine’ vai sem medo, mas de forma eficiente, e traz grandes surpresas aos fãs, agradando até aqueles que começaram a ver filmes de heróis antes mesmo do primeiro filme dos X-Men em 2000. Se é gratuito? Bom, há um esforço em tentar justificar a presença desses personagens e funciona graças à natureza despretensiosa do filme. Não há consequências e nem tentativa de parecer mais grave do que é, o que serve como desculpa para o público simplesmente abraçar a diversão sem culpa.

‘Deadpool & Wolverine’ traz a melhor versão dos personagens em meio ao sangue, adrenalina, fanservice e diversão descompromissada
Os figurantes prontos para serem trucidados

O segredo da qualidade da experiência do longa, entre tudo já citado, é a química maravilhosa entre seus dois protagonistas. As interações impagáveis, as habilidades de luta testadas de forma quadrinhesca, e os atores claramente se divertindo muito na jornada proposta pela narrativa são um creme em cima de um bolo.

Emma Corrin como a vilã Cassandra Nova não oferece muito, assim como o outro antagonista, Paradox (Matthew Macfadyen). Visualmente, os poderes de Cassandra são ameaçadores, mas a presença da personagem em si, não, o que não é novidade em filmes da Marvel.

“Deadpool & Wolverine” não hesita nem mesmo em homenagear/maltratar a Fox, antiga dona dos direitos cinematográficos dos personagens (a empresa foi adquirida pela Disney), incluindo planos deixados de lado para filmes de origens com mutantes como Gambit.

A experiência para quem não pegar nenhum spoiler ou ter acesso a vazamentos das participações será muito mais rica. A adrenalina vai no alto a cada participação e referência ao passado dos filmes Disney/Marvel. É quase como ver o gênero ressurgir por alguns segundos.

‘Deadpool & Wolverine’ é violento, exageradamente engraçado e nos lembra como o mundo dos super-heróis precisa ser: descompromissado, abertamente cafona e emocionante.

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Última atualização em: 15 de agosto de 2024 às 23:19

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