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Precisamos falar sobre o empobrecimento lírico do do rap  e do funk mainstream

Precisamos falar sobre o empobrecimento lírico do do rap  e do funk mainstream

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Ainda há muitos bons poetas em nosso rap, mas eles estão longe do atual recohecimento que os nomes do trap tem recebido. Se para alguns, o sucesso do trap e do funk é uma forma de contrapor a hegemonia do sertanejo, é preciso apontar que a pobreza lírica do agronejo está sendo característica de ambos os gêneros.

Claro, música sobre hedonismos, curtição, etc., precisam existir, sempre existiram, mas ouvir um disco inteiro de rap/trap, centenas de singles, e nenhum oferecer desafios poéticos relevantes, reflexões acerca do nosso cenário político caótico, genocídio da população negra, ou mesmo as nuances do amor.

Sim, ainda temos bons letristas no rap falando sobre os mais variados assuntos e podemos citar Baco Exu do Blues, Djonga, Rashid, Froid, mas mesmo com uma base de fãs sólida e fiel, esses nomes estão longe dos números exorbitantes que nomes surgidos mais recentementes tem conquistado.

Até mesmo nomes que surgiram com uma lírica interessante, tem parecido mais preguiçosos na hora de escrever suas letras.

Letras ruins existem em todos os estilos. Da MPB ao rock, do samba ao piseiro, mas num estilo batizado de Rap (ritmo e poesia), se esperava que em seu auge de popularidade, a preponderância de músicas com letras mais bem trabalhadas fosse esperada.

Os ritmos evoluem, se transformam, e se os MCs passaram de apenas comandos para a plateia para escrever verdadeiros manifestos sociológicos, por que agora esse retrocesso em termos líricos?

Não quero aqui censurar a variedade de temas. Precisamos falar sobre tudo, mas a questão são os monotemas ou a forma com que se fala desses temas. Temos amplos exemplos de como o rap nacional é rico em composição lírica, e a impressão que as produtoras de funk e trap da atualidade passam é a de subestimarem a inteligência de seu público como incapazes de apreender mensagens mais complexas, contribuindo para manter uma massa enorme de ouvintes na zona de conforto da interpretação de texto.

Claro, o sucesso veio, mas é só sobre isso? Bem, talvez seja.

Muitos nomes da velha guarda evitam comprar briga criticando abertamente os novos nomes, mas essa condescendência vai cobrar um preço.

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Última atualização em: 24 de dezembro de 2024 às 0:18

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