Michael Jackson, o rei do pop se envolveu em um acidente sério no início dos anos 1980: por conta de um acidente durante as gravações de um comercial para a marca de refrigerantes Pepsi, seu couro cabeludo foi incendiado, gerando sequelas para o resto da vida, inclusive, foi nessa época que ele se tornou viciado em remédios contra a dor.
O acordo entre a marca e o cantor envolveu quantias milionárias, fazendo da parceria a mais cara da história até aquele momento.
O primeiro comercial gravado trazia Michael Jackson interagindo com um grupo de adolescentes, entre eles uma figurinha conhecida dos brasileiros, o ator Alfonso Ribeiro, que anos mais tarde interpretou o personagem Carlton Banks na série “Um Maluco no Pedaço”.
A propaganda foi um fenômeno de popularidade e a Pepsi logo agendou uma continuação para o final de janeiro de 1984, em Los Angeles. Michael aceitou os acordos pois envolvia o apoio da marca ao trabalho dos irmãos, do qual ele ainda mantinha vínculo sob o nome de The Jacksons (antigo Jackson 5).
Com cerca de 3 mil figurantes contratados, este seria ainda maior que o primeiro. No entanto, no quarto dia de gravações, em 27 de janeiro, aconteceu o acidente contribuiu para muitas das decisões controversas do cantor em relação a aparência. O astro teria de entrar no palco dançando com faíscas ao fundo, que seriam acionadas assim que ele desse alguns passos por questão de segurança. Após os primeiros takes ocorrerem normalmente, no sexto, as faíscas foram acionadas antes da hora, interagindo com produtos inflamáveis que Michael usava no cabelo.Com a cabeça em chamas por aproximadamente dez segundos, Michael entrou em desespero, e os membros de sua equipe correram para ajudá-lo a apagar o fogo.
Testemunhas do momento disseram que Michael Jackson perdeu todo seu cabelo no acidente. Ele sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus em seu couro cabeludo. Steven Hoefflin, médico que atendeu o cantor, relatou que o cantor ficou muito abalado ao ver a extensão das lesões que tinha na cabeça.
Michael Jackson recebeu US$ 1,5 milhão da Pepsi como compensação pelo acidente e, comovido com os demais pacientes do Brotman Medical Center e agradecido pelo tratamento durante os dias em que ficou internado no local, ele destinou o valor para a instituição.
Dali para frente, o cantor ficou com diversas, foi acometido pela calvície, passando a usar perucas e fazer implante de cabelo, informação essa revelada após sua morte, em 2009. Ele também teve de passar por várias cirurgias para reconstrução do couro cabeludo.
Para lidar com as dores causadas após o acidente, Jackson precisou usar analgésicos, inclusive para conseguir dormir durante sua internação e tratamento, se tornando dependente deles até o fim de sua vida. “Após uma grande cirurgia reconstrutiva no meu couro cabeludo, me tornei cada vez mais dependente de analgésicos para conseguir seguir com meus dias de turnê”, declarou certa vez.
Lembrando que a causa da morte do artista está diretamente envolvida com uma intoxicação aguda de diversos medicamentos para dormir, que o levaram a ter diversas paradas cardíacas.
Após o imenso sucesso de “Thriller”, mesmo após toda a tragédia na gravação dos comerciais, a Pepsi marca pagou US$ 10 milhões para patrocinar a turnê de divulgação do álbum “Bad” (1987), com a parceria seguindo até “Dangerous” (1991), quando começaram as acusações de abuso sexual e a marca decidiu encerrar a parceria.
