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Nunca estamos salvas: Carol sofreu violência na África do Sul, mas poderia ser no Brasil ou em qualquer lugar do mundo

Nunca estamos salvas: Carol sofreu violência na África do Sul, mas poderia ser no Brasil ou em qualquer lugar do mundo

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No último final de semana acompanhamos a situação trágica vivida pela Caroline Amanda, brasileira, intercambista, que denunciou violência sexual a qual era submetida em Joanesburgo, na África do Sul. Ela, assim como milhares de outras brasileiras, aqui e pelo mundo afora, sofrem com essa violência diariamente e outras formas também.

Um levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) revela que, até outubro de 2024, os entes federados registraram 1.128 casos de feminicídio no Brasil e quando abrimos esse leque para o resto do mundo, foram mais de 51 mil meninas e mulheres assassinadas, segundo informações do Anuário da ONU Mulheres.

Praticamente, 140 assassinatos por dia e esse é o crime capital que ceifa a vida das mulheres, mas existem outras violências que nos acometem e que precisam ser combatidas diariamente. Ainda falando em números, entre os meses de março e setembro de 2024, o Ministério da Justiça registrou um total de 203.268 vítimas, emitidas 117.557 medidas protetivas urgentes, cumpridas prisões 17.605 e apreendidos 319 menores de idade.

Violência doméstica, patrimonial, moral, ameaça, perseguição (stalking), violência psicológica, e estupro são algumas das agressões cometidas contra as mulheres e esse combate à violência passa, necessariamente, pela responsabilização e educação dos homens, dos jovens que precisam de orientação para que nossas meninas não sejam vítimas deles, como é o caso dos 319 adolescentes que foram apreendidos cometendo atos violentos contra meninas e mulheres.

Carol Amanda | Crédito: Arquivo Pessoal

Eu sou mãe de um menino negro, que tem toda uma vida pela frente e também me sinto na obrigação de educá-lo, de direcioná-lo da melhor forma possível para que ele não seja mais um vetor de violência contra as mulheres.

É urgente que políticas públicas para coibir esses atos sejam implementadas ou, as que já existem, colocadas em prática de forma perene e intensa, reforçando o combate à violência contra a mulher e levando mais segurança para aquelas que precisam de apoio estatal no dia a dia, aquelas mulheres que formam o maior grupo de vítimas.

Esses atos, mesmo que não levem a vida das meninas e mulheres, matam sonhos, matam planos, destroem vidas, como é o caso da Caroline. Ela saiu do Brasil para fazer um intercâmbio na África do Sul e se tornou mais uma vítima dessas atrocidades cometidas diariamente contra as nossas.

Sobre a autora

Alessandra Costa é assessora de imprensa com 18 anos de experiência, atendendo o setor artístico-cultural e político, com uma carteira diversa e em potencial expansão. Atualmente, atende contas como Encontro do Cinema Negro Zozimo Bulbul, Cia de Teatro Epigenia e a vereadora licenciada e Secretária Municipal de Meio Ambiente, Tainá de Paula (PT). Com mais de 400 trabalhos executados, se tornou referência na divulgação de projetos ligados à cultura negra, combate ao racismo e às desigualdades, promoção de oportunidades e conquista de espaços para artistas negros e a lideranças negras – tanto em suas comunidades, na política e na economia.

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Última atualização em: 30 de janeiro de 2025 às 1:37

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