Eu passei praticamente minha vida toda velando por relações falidas onde só eu lutava pra fazer dar certo. Até que eu entendi que solidão também é gostar por dois, e isso é em qualquer tipo de relação, inclusive de amizade.
Eu tinha medo de dizer não, de ser mal vista, mal falada, e no momento em que eu comecei a impor meus limites é que percebi a diferença entre ser útil e querida. Muitas vezes postergamos decisões que nos fazem carregar pesos mortos e não saímos do lugar. É bem comum também que a gente peça ao universo ou quem quer que seja pela verdade, mas será que a gente está realmente preparado para ela?
Na maioria das vezes ela não é nenhum pouco agradável e nos fazemos de desentendidos. A vaidade não deixa a gente abrir mão, a carência faz a gente acreditar em afetos que nunca existiram, o apego faz uma zona de conforto onde sua saúde mental não é bem vinda.
Haja terapia, autoconhecimento e coragem para romper com tudo que até então parecia ser bom. O medo do novo, da solidão e de novos começos, não pode ser maior que sua vontade de crescer e se libertar de tudo que não te deixa confortável. Se a gente pede caminhos abertos, a gente precisa caminhar, e muitas vezes caminhar significa deixar pessoas, coisas e situações pelo caminho.
Algumas atitudes podem doer. As escolhas certas também são desconfortáveis. A sua evolução pode te custar muita coisa. Vão dizer várias coisas ao seu respeito, mas se você sabe quem realmente é, nada disso importa. Comece do zero quantas vezes for preciso. Mesmo sem ajuda ou sem ninguém. Só não se contente com mediocridade por medo de estar só.
Você, sua energia e companhia (quando você se escolhe e cuida), também é uma perca, e vale muito.