Precisamos falar do maior energético natural que é descobrir a mola do fundo do poço. O tesão natural e genuíno que é se sentir vivo e pronto, pra de fato, assumir seu papel de protagonista. Escancarar o quarto de coitadolândia que te assombra com doses de terapia e coragem. Flertar com o espelho. Tomar um chá ou um café com a delícia de ser você mesmo sem medo de incomodar. Fazer as pazes com nossa criança interior. Ter ânsia de novos hábitos, lugares e pessoas. Ter a audácia de citar sua versão adoecida no passado e nomear você como o AGORA.
Deitar de conchinha com a autoresponsabilidade de saber que agora você só vai passar pelo que permitir. Reiniciar a sua mente quantas vezes for preciso. Sentir na pele a dor e delícia de dizer não, e mesmo assim se sentir paz, livre. Transitar lugares sem esquecer do seu lugar e dos seus limites. Ter fé na vida, no sagrado, no recomeço, e mais do que nunca, na sua potência. Se regar de carinhos, afetos, orgasmos e cuidados. Se permitir romper, desfazer, te aprender. Ir matando o auto-ódio que mora na comparação. Entender que antes de qualquer ser desse mundo, você se deve carinho, cuidado, atenção, dignidade e valor.
Se você não se der isso tudo, ninguém conseguirá. Esperar no fim do dia com os braços abertos e entender que deu o seu melhor. Saber dosar a força e o jeito. Parar de romantizar conquistas apenas pelo viés do sofrimento. Entender e aceitar que os caminhos tranquilos e doces também são válidos. Que o nosso peito não precisa ser de aço, e que o nosso medo não seja maior do que o sabiá que todo mundo carrega com uma vontade imensa de voar.
Marca um date consigo mesmo e se permita conhecer quem você realmente é, sem medo de se ouvir falar. Se reapresenta. Se organiza. Da mesma forma que você se vira, SE VIVA!