Um sentimento de indignação tomou conta de São Paulo. A morte de mais de dezenas de pessoas no Governo Tarcísio seguido pela impunidade dos policiais envolvidos move movimentos sociais para pressionar por mudança. Hoje (9) haverá um ato organizado pela União dos Movimentos por Moradia do Estado de São Paulo (UMM- SP), às 15h30 nas escadarias da Praça da Sé.
“Enquanto a Violência Policial em SP atinge números macabros, o Secretário de Segurança Pública atua para desmontar a Ouvidoria de Policiais. O número de jovens negros assassinados atinge recordes no governo Tarcísio. É preciso exigir uma atuação rápida do Ministério Público para frear a política de morte do governador e de seu secretário. Por isso organizamos o Ato União pela Paz, pois a estamos prestes a assistir a uma convulsão social se essa política de carnificina não for parada já”, diz Graça Xavier, presidente da entidade.
Segundo o advogado da UMMP-SP, Benedito Roberto Barbosa, os membros do Movimento vêm discutindo há alguns meses, a questão de que a violência policial vem recrudescendo nas periferias. Aliás, segundo ele, desde a operação verão no início de 2023 e a operação escudo que a polícia matou mais de 60 pessoas, na Baixada Santista, o Movimento vem discutindo a necessidade de buscar uma maneira de evitar que essa escalada de mortes continue.
“Para piorar, mais recentemente, em atos violentos da polícia um menino de quatro anos foi morto, um rapaz foi jogado pela ponte e um outro executado pelas costas com onze tiros porque estava furtando sabão em pó. Além disso, as invasões da polícia nas favelas e nas ocupações trazem como vítimas das balas perdidas dezenas de pessoas inocentes. Por isso organizamos essa mobilização, pois a violência policial atinge as periferias onde estamos trabalhando, na Zona Sul, Leste e Oeste da cidade”, comenta.
Evaniza Rodrigues uma das organizadoras do Ato, avisa que após a mobilização na Praça da Sé, o evento pretende organizar uma caminhada até a sede da Secretaria de Segurança Pública e depois até o Ministério Público. “Nós entendemos que cabe ao Ministério Público cobrar uma atuação mais firme no controle da atividade policial. Faremos o que for preciso para exigir mudanças urgentes”, finaliza.